Google Project Glass

Data Center do governo dos EUA coleta dados de tudo o que você faz na internet



O novo complexo da NSA, que promete espionar tudo o que pessoas comuns fazem, levanta a pergunta: a Skynet está entre nós?
por Redação Galileu

Na série o Exterminador do Futuro, a maior ameaça não eram os poderosos ciborgues enviados para matar John Connor, mas uma entidade maior, que controlava uma rede de robôs e alimentava uma guerra contra os humanos: a Skynet. No filme, o software criado no fim do século XX é capaz de controlar todo o sistema de defesa dos EUA que, eventualmente, se rebelou contra seus criadores e usa todo o conhecimento e estrutura fornecidos pelos americanos para tentar aniquilar a espécie.

Agora, especialistas do mundo todo se perguntam se uma Skynet do mundo real está sendo criada no meio do Deserto de Utah. É que a NSA (Agência Nacional de Segurança) dos Estados Unidos está erguendo uma enorme estrutura por lá, que promete coletar e armazenar dados de organizações, governos e até de você, um cidadão comum.

Que dados? Todos. Compras feitas com cartão, ligações, emails, sites acessados, livros que você está lendo... ou seja: tudo o que você faz, compra e consome. Com novas tecnologias e técnicas avançadas de criptografia, o Utah Data Center poderá acessar informações de qualquer um ou qualquer coisa que tenha acesso à comunicação via satélite.

O UDC é parte do programa “Total Information Awarenewss”, criado no governo Bush, que desde o ataque ao World Trade Center já gastou dezenas de milhões de dólares em medidas contra o terrorismo. Só este enorme centro no meio do deserto irá custar 2 bilhões de dólares.

O preço astronômico se deve ao fato de que o UDC será uma estrutura autônoma, o que quer dizer que ele será capaz de gerar sua própria eletricidade, com uma subestação localizada na estrutura. Além disso, ele poderá armazenar água e alimentos suficientes para manter sua equipe por até três dias.

Todos os equipamentos e serviços que existirão por lá fazem com que o tamanho necessário para que o edifício cumpra seus propósitos seja gigantesco: mais de 65mil metros quadrados, que deverão estar construídos e devidamente ocupados até setembro de 2013.

Para você ter uma ideia do tipo de máquina que o UCD irá abrigar, a meta é que elas sejam capazes de armazenar dados em Yottabytes (10 à 24 potência) – uma unidade tão grande que ainda não nomeamos o que vem depois dela.

Toda essa capacidade é necessária porque, além de receber, analisar e armazenar dados de toda a web, é esperado que o UDC possa fazer isso em uma escala muito maior do que se ele estivesse funcionando hoje, já que a quantidade de internautas irá crescer muito nos próximos anos. Segundo um relatório da Cisco, por exemplo, em 2015 teremos quatro vezes mais pessoas com acesso à internet do que em 2010.

Para “processar” toda essa informação, uma empresa chamada Narus criou um software capaz de examinar 10 gigabytes por segundo e, então, copiar automaticamente qualquer comunicação suspeita.

Depois que o centro coleta, analisa e separa todos os dados, o “Data Mining” começa – um conjunto de programas juntará o que a NSA julga interessante automaticamente e criará padrões, que podem prever como você se comporta. Parece absurdo? Saiba que o Data Mining já está sendo usado por agências de pesquisa hoje, embora com uma quantidade bem menor de dados.

Por exemplo, a PUCRJ descobriu recentemente, usando a técnica, que mulheres que trabalhavam, quando aprovadas em seu vestibular com notas boas, dificilmente fariam a matrícula. Isso porque provavelmente passaram em uma universidade pública e o fato de elas trabalharem indica que terão preferência pela educação gratuita.

O exemplo é simples, mas dá para imaginar que tipo de padrões podem ser traçados com eles quando você coleta dados de um país inteiro – ou do mundo inteiro. O que a maioria das mulheres compra quando está de TPM? A NSA vai saber através de suas contas. Onde os muçulmanos de uma cidade vão estar na quinta feira? A NSA tem todos os emails e recibos de estacionamento para traçar um padrão de comportamento. Para quem você vai ligar para contar todas as fofocas da balada do último sábado? A NSA sabe – e também vai ficar por dentro de todos os bafos.

De acordo com o escritório de Relações Públicas da NSA, a organização não irá espionar a vida de americanos civis – quanto mais de civis do resto do mundo. E, em uma sessão no congresso americano sobre o assunto, realizada em março, o diretor geral da NSA, Keith Alexander, confirmou a declaração dizendo que não há interesse em fuçar a vida de gente comum. “Apenas nos preocupamos com a cybersegurança da população”, declarou. Resta saber o que será considerado uma ameaça à segurança da população.

Link da matéria: http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/1,,EMI301723-17770,00.html
Baseada em matérias publicadas em: WiredFox News e Big Think.

Matéria sobre o lançamento do Windows 95

Cresce debate sobre aspectos nocivos de viver o tempo todo na internet


Por Nelson de Sá

Há dois meses, falando a estudantes em Stanford, Mark Zuckerberg desabafou que, se voltasse no tempo para recomeçar o Facebook, ficaria em Boston, longe do Vale do Silício, dos fundos de "venture capital" e da "cultura de curto prazo". Ele tem um problema: a abertura de capital do Facebook se aproxima e a rede social dá sinais de, nos EUA, ter batido no teto.

As visitas cresceram 10% de outubro de 2010 ao mesmo mês de 2011, segundo a comScore, contra 56% de aumento no ano anterior.

Em livros e artigos, cresce debate sobre os aspectos nocivos de viver o tempo todo na internet
Saturação das redes sociais ainda está longe do Brasil, onde elas continuam a crescer
Já se fala em "saturação social", como publicou o "New York Times". Segundo depoimento de David Carr, repórter e colunista da área cultural do "NYT", 2011 foi o primeiro ano em que ele viu sua produtividade cair por causa de seu consumo de mídia. E, para 2012, Carr diz estar diante da escolha entre cortar passeios de bicicleta ou "alguns desses hábitos digitais que estão me comendo vivo".

Nas três primeiras semanas, nada. "Meu Twitter ainda está me comendo vivo, embora eu tenha tido certo sucesso em desligá-lo por um tempo", diz ele à Folha. "Na maior parte do tempo, porém, é como ter um cão amigável que quer ser sempre acariciado, levado para passear. Em outras palavras, continua me deixando louco."

Pouco a pouco, os americanos, bem como os europeus, restringem a interação on-line e se tornam "espectadores", segundo o relatório Adoção de Mídia Social em 2011, da Forrester Research. Só um terço dos americanos e europeus atualiza seus perfis em redes sociais, Twitter inclusive, toda semana.

Já nos emergentes, Brasil entre eles, dois terços dos internautas atualizam seus perfis semanalmente. Nos centros urbanos, três quartos.

O relatório visa ajudar em estratégias de negócios, alertando de que "essas tendências apresentam um desafio para o Facebook, conforme se aproxima de seu IPO [oferta pública de ações]".

Aos estrategistas de marketing, Gina Sverdlov, da Forrester, escreve: "Se você tem como alvo usuários nos mercados ocidentais, priorize dar a eles conteúdo que possam simplesmente ler ou ver. Não espere muita interação dos consumidores ocidentais".

A reação vai além das redes sociais. No final do ano, a revista "Travel + Leisure" publicou uma edição sobre "o futuro das viagens", ouvindo futuristas e proclamando que "o maior luxo do século 21 será escapar da rede" em "black hole resorts", refúgios buracos negros, com "total ausência de internet --até as paredes serão impenetráveis ao acesso sem fio".

Segundo Judith Kleine Holthaus, ex-Future Foundation, hoje responsável por estratégia e insight na McDonald's Corp., "sejam instalados no alto de montanhas ou em vilas exóticas, os buracos negros serão o ápice do movimento 'slow food' [a favor de produção camponesa], 'slow travel', 'slow' tudo --o máximo em se livrar de tudo".

Na mesma direção, espalham-se pela Ásia os centros de recuperação de viciados em internet. Na Coreia, já seriam 200. Na China, 300.

Ganham repercussão nos EUA os softwares criados por Fred Stutzman, da Universidade Carnegie Mellon, como o Freedom, um "software de produtividade" que restringe o acesso à web por um determinado número de horas.

E no último ano e meio acumularam-se os livros com questionamentos aos efeitos da internet: ela mina a criatividade, escreve Jaron Lanier em "Gadget - Você Não É um Aplicativo" (ed. Saraiva); sufoca os momentos de quietude, segundo "Hamlet's Blackberry", de William Powers, inédito no Brasil; e afasta as pessoas com ferramentas que serviriam para aproximá-las, segundo "Alone Together", de Sherry Turkle, do MIT, também inédito por aqui.

O porta-bandeira nas críticas é Nicholas Carr, autor três anos atrás de um artigo de grande repercussão na revista "Atlantic", "Is Google Making Us Stoopid?" ("O Google está nos tornando burros?"), com argumentos que depois ampliou em "A Geração Artificial" (ed. Agir). Dele, na edição mais recente: "O que são os smartphones senão coleiras high-tech?".

Link da matéria: http://www1.folha.uol.com.br/tec/1040056-cresce-debate-sobre-aspectos-nocivos-de-viver-o-tempo-todo-na-internet.shtml

A Era do Twitter

O Twitter é a ferramenta de comunicação que mais rapidamente foi adotada na história, indo de zero a 10 milhões de usuários em menos de dois anos. No Twitter, a palavra se espalha mais rápido do que fogo, e as empresas não têm mais a opção de ignorar esse assunto.

Ao longo de um texto leve e descontraído, Shel Israel revela histórias interessantes de pessoas que estão utilizando o Twitter para se conectar com outras pessoas que compartilham seus interesses ao redor do mundo. O autor destaca episódios em que o microblog foi usado para disseminar informações como o pouso do avião no Rio Hudson e o terremoto de Sichuan, na China.



Título: A Era do Twitter: Como a ferramenta de mídia colaborativa mais dinâmica da atualidade pode revolucionar seus negócios
Autor: Shel Israel
Editora: Campus
Valor: R$79,00