Nomofobia, o medo de ficar sem celular

Em tempos em que as pessoas não desgrudam de seus smartphones, um novo termo surgiu para designar aqueles que morrem de medo de sair de casa sem seus tão amados celulares: a nomofobia. O termo, que é a abreviatura para "NO MObile phone phobia" (fobia de ficar sem celular), surgiu pela primeira vez em 2008.


A SecurEnvoy, empresa de serviços móveis, entrevistou mil pessoas e descobriu que 66% delas sofrem dessa fobia, tendo medo de perder seu celular. Outros 41% possuem 2 ou mais celulares para conseguirem se manter conectados sempre, segundo o jornal inglês The Telegraph.

E, ao que parece, as mulheres têm uma maior preocupação com os seus telefones móveis. 70% delas sofrem da fobia, contra 61% dos homens. Já no caso de terem 2 ou mais celulares, os homens ganham com 47%, contra 36% das mulheres.

Na divisão por idades, os jovens lideram. 77% das pessoas entre 18 e 24 anos possuem a nomofobia. No caso das que têm entre 25 e 30 anos, o número cai para 68%. Outra descoberta da pesquisa é que 49% dos entrevistados ficam chateados por terem suas mensagens lidas por outra pessoa.

A segurança também foi abordada: 46% não utilizam nenhuma proteção em seus aparelhos, 41% usam uma senha de 4 dígitos para bloqueio de acesso e 10% criptografaram seus dispositivos.

O "lado negro" da internet cresce cada vez mais


A existência do chamado 'lado negro da internet' foi tema de discussão em um artigo do jornalista Andy Beckett,publicado nesta quinta-feira no jornal britânico The Guardian. Ainda não completamente identificado pelos pesquisadores, este dark side da internet inclui diversas plataformas paralelas, como o Freenet - software freeware criado no final dos anos 90 e que permite aos internautas realizarem, anonimamente, diversas atividades - o que acaba dando abrigo a muitos sites de pornografia infantil, grupos terroristas e trocas de vírus e malwares.

Definido de muitas formas metafóricas como "internet profunda", "internet negra", "internet invisível", esta "outra" internet se contrapõe à "a internet navegável", aquela que conhecemos por meio dos sites de buscas.

"Muitos usuários pensam que quando eles buscam no Google, por exemplo, estão vendo todos os sites existentes", afirma Anand Rajaraman, fundador do Kosmix, mecanismo de buscas na web. "Acredito que apenas uma pequena parte de toda a internet vem à tona com os mecanismos de busca. Não tenho certeza, para ser honesto, sobre o quão pequena é esta parte, mas posso dizer que a internet é, pelo menos, 500 vezes maior do que a web a que temos acesso", disse em declarações ao Guardian.


Michael Bergman, pesquisador americano e uma das maiores autoridades nesta "outra" internet, afirma que até hoje continua sem saber exatamente o que acontece do "outro lado". "Lembro de dizer para a minha equipe no final dos anos 90 que este lado desconhecido era provavelmente duas ou três vezes maior do que a internet regular", afirmou.

Mas, em 2001, um artigo publicado por Bergman e até hoje usado regularmente como fonte de informações, afirmava que "os mecanismos de busca na web procuram em apenas 0,03% de todos os sites existentes". Bergman escreveu, na ocasião, que a "internet profunda é a categoria de novas informações que mais cresce na internet".

Criar um mecanismo de buscas que alcance esta internet desconhecida é o objetivo de um grupo de pesquisadores da Universidade de Utah, nos Estados Unidos. "O problema é que não é viável, existem dados demais", explica a professora Juliana Freire, pesquisadora do projeto chamado "Deep Peep". Além da quantidade de dados, há também outros problemas. "Quando pesquisamos em alguns sites, somos bloqueados depois. É possível criar mecanismos que tornam impossível para qualquer um buscar nos seus dados", explica.
Esconder os dados na web pode ser uma estratégia comercial, mas os alvos dos pesquisadores são os criminosos que utilizam a rede. "Existe um conhecido grupo criminoso chamado Russian Business Network(RBN) e eles estão sempre rodando a internet, roubando endereços de sites que estão em desuso, enviando milhões de spams destes endereços e depois se desconectando rapidamente", explica Craig Labovitz, diretor da Arbor Networks, empresa de segurança na web.

A RBN também aluga sites temporários para outros criminosos realizarem atos como roubos de dados, pornografia infantil e distribuição de vírus de computadores. "No ano de 2000, este lado negro da internet era uma novidade. Hoje, é parte do cotidiano da rede", afirma Labovitz.

Sites de empresas extintas, erros técnicos e falhas, disputas entre servidores de internet, endereços abandonados no início da internet, entre outros, são fatores que deixam espaço para a exploração ilícita. "A internet nasceu em grande parte baseada na confiança", acredita Laibovitz.

Mas, o ideal de uma internet livre, que motivou o pesquisador irlandês Ian Clarke a criar o software Freenet no final dos anos 90, ainda tem muitos defensores, um deles, o próprio Clarke. "Pornografia infantil existe no Freenet, assim como existe em toda a internet. Poderíamos controlar esta pornografia, mas então deixaria de ser uma rede livre", afirma Clarke em declarações ao jornalista do Guardian.

O software foi lançado em 2000 e hoje possui milhões de usuários no mundo todo. Entre os sites abrigados pelo programa estão desde blogs de notícias sobre o Irã até guias sobre como explodir bombas e realizar ataques terroristas.

Diante deste mundo desconhecido, e que provavelmente "continuará a crescer por mais alguns anos", o jornalista britânico concluiu que prefere continuar "vagando pela web" por meio do Google, já que a "darknet não é um lugar para os mais sensíveis".

Link da matéria: http://tecnologia.terra.com.br/noticias/0,,OI4123442-EI12884,00-O+lado+negro+da+internet+cresce+cada+vez+mais.html

O Inverno da Nossa Desconexão

A jornalista Susan Maushart embarcou com os três filhos adolescentes num período de seis meses sem telefones celulares, iPads, iPods, computadores, laptops, jogos eletrônicos nem televisão para descobrir se a tecnologia nos estimula e nos mantém amplamente informados ou nos torna menos conectados e mais distraídos.

Reunindo os desabafos de Susan no seu diário pessoal (escrito à mão) e uma reportagem sobre os efeitos dessa intensa vida virtual nos adolescentes, no aprendizado e nas famílias, este livro oferece um equilíbrio perfeito e necessário para se abordar as novas mídias, ora apontadas como resposta para nossos problemas, ora como responsáveis por nossa desagregação social.


Título: O inverno da nossa desconexão: como uma mãe e três filhos adolescentes passaram seis meses totalmente desconectados e sobreviveram para contar história
Autora: Susan Maushart
Editora: Paz e Terra
Valor: R$39,90

Games violentos estimulam a violência?

A matéria do Fantástico tenta, sutilmente, relacionar jogos violentos a comportamentos violentos, apesar de não haver nenhuma pesquisa científica que comprove a relação.

Empresas norte-americanas exigem que candidatos informem a senha do Facebook

Pouco antes de chegar a uma entrevista de emprego recente, o que Justin Bassett esperava eram as perguntas usuais sobre experiência profissional. Mas ele foi surpreendido pelo entrevistador, que queria saber também a sua senha do Facebook.


Bassett, que é estatístico e vive em Nova York, recusou-se a informá-la e desistiu da vaga, alegando que não queria trabalhar para uma empresa que fuça esse tipo de informação. Mas seu caso não é isolado, pois várias empresas americanas vêm exigindo a mesma coisa de seus candidatos, e muitos não podem se dar ao luxo de dizer não.


Foi o que aconteceu com o guarda Robert Collins em 2010, quando voltava de uma licença após a morte de sua mãe. O Departamento de Segurança Pública de Marylan pediu que ele informasse a sua senha na rede social para checar se ele possuía alguma conexão com membros de gangues.

—Eu precisava do meu emprego para alimentar minha família. Eu tinha que dar (a senha) - afirmou Collins.


A prática vai além da checagem que departamento de recursos humanos já faziam sobre o conteúdo publicado por quem busca um emprego na companhia a pretexto de conhecer melhor o futuro funcionário. Pedir a senha de um candidato é mais comum entre órgãos públicos, especialmente entre polícias e serviços de atendimento a emergências.


— É como exigir as chaves da casa de alguém — disse Orin Kerr, professor de direito da Universidade George Washington e ex-promotor federal, que classificou a prática de "uma flagrante violação de privacidade."


A legalidade do expediente está sendo questionada, e projetos de lei no Illinois e em Maryland querem proibir órgãos públicos de fazerem isso.


Empresas que não chegam a exigir as senhas têm tomado outras medidas, como pedir aos candidatos que adicionem na rede social funcionários do departamento de recursos humanos da companhia ou acessem o site na frente do entrevistador. Alguns profissionais já empregados também têm sido obrigados a assinar um acordo que os proíbe de criticar o empregador nas redes sociais.

Outras companhias também estão usando programas de computador que vasculham os perfis dos candidatos no Facebook. Entre elas está a gigante Sears, que solicita aos proponentes a uma vaga na varejista que acessem a página da empresa por meio do login no Facebook. Dessa forma, o aplicativo consegue informações como a lista de amigos do candidato. Um porta-voz da Sears, Kim Livremente, disse que o programa permite que a companhia atualize as informações de experiência do profissional no mercado de trabalho.


O Facebook não quis comentar os casos, dizendo apenas que proíbe "a solicitação de informações de login e acesso às contas por terceiros". Repassar senhas também é proibido pelos termos de uso da rede social. O Departamento de Justiça americano considera crime federal o acesso irregular a uma rede social, mas o próprio órgão disse recentemente no Congresso que esse tipo de violação não está sujeita a processo.


Link da matéria: http://oglobo.globo.com/tecnologia/nos-eua-empregadores-agora-exigem-que-candidatos-informem-senha-do-facebook-4368337