O Culto do Amador


É a celebração do amadorismo. Qualquer um, por mais mal-informado que seja, pode publicar um blog, postar um vídeo no YouTube ou alterar um verbete na Wikipédia. O autor Andrew Keen acredita que esse anonimato da web põe em dúvida a confiabilidade da informação. E a distinção entre especialista e amador torna-se cada vez mais ambígua. A pirataria digital já devastou a multibilionária indústria fonográfica e ameaça a indústria do cinema e a do livro. Oferecendo soluções concretas que permitiriam frear a atmosfera inconsequente e narcisista da web, O culto do amador é um alerta dirigido a cada um de nós. Suas críticas podem ser radicais e polêmicas, mas levantam uma discussão extremamente necessária. 
Para ver o vídeo com a entrevista de Andrew Keen à Globo News, clique aqui.


Título: O Culto do Amador - Como blogs, MySpace, YouTube e a pirataria digital estão destruindo nossa economia, cultura e valores
Autor: Andrew Keen
Editora: Zahar
Valor: R$ 42,00

Os internautas compulsivos

Reportagem do "Fantástico" mostra que os brasileiros ficam mais tempo conectados à internet que japoneses e americanos. A matéria é interessante pra refletirmos a respeito de quando o uso da internet passa a ser uma compulsão. Veja o vídeo:

A web paralela do Facebook

Artigo de Pedro Dória publicado em 26/09/2011 no jornal O Globo a respeito de como o Facebook procura agregar o máximo de jogos e aplicativos com o intuito de fazer com que seus usuários passem a maior parte do tempo conectados:

A web paralela do Facebook
por Pedro Dória.

Na semana passada, o Facebook anunciou uma série de mudanças na maneira como funciona e em sua aparência. O noticiário das próximas semanas é previsível. Usuários vão reclamar, acusações de quebra de privacidade circularão, uns tantos vão deixar o sistema em protesto. E aí tudo voltará a ser como dantes. Não é que os infelizes não tivessem suas razões. Tinham. Mas já aconteceu e essas coisas se repetem. Enquanto isso, mais um passo foi dado para a criação de uma internet paralela.

Pois existem duas maneiras de enxergar o que Mark Zuckerberg, fundador do Facebook, está fazendo. A primeira é justamente a de uma internet paralela. Ela é organizada, bem acabada e absolutamente fechada. Já tem mais de 700 milhões de usuários. A segunda é a de que ele está construindo sobre a internet livre que todos usamos uma nova camada. Esta camada melhora a rede, facilita nossa vida e nos transforma a todos em dependentes do Facebook.

O Google já é assim. Dependemos dele. A rede é inimaginável sem o Google. Ser o segundo a conquistar tal status não é trivial. O Facebook está quase lá.
Para chegar lá, porém, algumas mudanças se fizeram necessárias. A primeira é mudar a alma por trás do botão "curtir". Espalhado por toda a rede, presente em quase todo site, serve para que o usuário recomende em sua página de perfil no Facebook uma foto, um artigo. O "curtir" mudará. Quem faz programinhas para o Facebook poderá usar qualquer verbo. Um site de fotos poderá ter o selo "eu vi uma foto", o jornal seu "li este artigo".

A mudança parece sutil, porém, ao implantar linguagem natural, algo de fundamental muda. No seu Facebook, tudo aparecerá como uma lista de atividades lógica e humana. Agradável.

É uma mudança fundamental porque também a home pessoal no Facebook mudará. Vira uma linha do tempo, com a lista de todas as atividades recentes até os muitos anos passados. Tudo o que você comentou, aquilo que leu na internet, as fotos das quais gostou e as que publicou. As amizades que fez. De repente, a home no Facebook deixa de ser um retrato da atividade recente e vira história de vida. Um histórico de quem somos mas também de quem fomos. Quase um ensaio de biografia, com o registro não apenas daquilo que fizemos dentro do Facebook mas também do que pinçamos no resto da rede.

O Facebook cria uma camada social na internet toda. Contamos nossa história através da rede e a apresentamos para os amigos que fizemos nela. No mesmo compasso, o sistema traz para dentro de si informação. O britânico "The Guardian" e o "New York Times" são apenas dois exemplos de sites que toparam construir uma versão de seus sites dentro do Facebook.
Conforme a lista de parceiros se amplia, o que era um site, uma rede social, passa a ser um universo paralelo dentro da rede. Tudo terá a cara do Facebook, limpo e organizado e fechado, protegido daquele mundo caótico lá fora.
Ao passo que cria uma camada na internet maior, busca replicar uma versão selecionada dela lá dentro.

O Facebook é a internet que o Google não vê. Totalmente fechado, não é indexado pelo site de busca. Juntos, e rivais, transformam-se nos nomes mais poderosos da rede. O que está em jogo é dinheiro. Conforme usamos sua busca e muitos serviços, o Google acompanha nossos passos pela web e transforma nossos padrões de comportamento em propaganda. O Facebook criou um sistema que tem o potencial de replicar o poder do Google e ir além. Porque, lá dentro, ele não sabe apenas parte do que fazemos online. Sabe tudo.

Quando usamos porque é útil e lúdico, damos algo em troca: nossas identidades. Elas viram dinheiro fácil, seja para um, seja para o outro.

Link do artigo: http://oglobo.globo.com/tecnologia/a-web-paralela-do-facebook-2693929

A intimidade como espetáculo

A antropóloga argentina Paula Sibilia fala a respeito do excesso de exposição da intimidade na contemporaneidade. Veja o vídeo:

O impacto das tecnologias sobre as relações pessoais

O programa "Espaço Aberto - Ciência e Tecnologia" da Globo News fez uma reportagem a respeito do impacto das tecnologias sobre as relações pessoais. Veja o vídeo: